CRÍTICA

Andor: A rebelião ferve no segundo arco da nova temporada

Nos novos episódios, a guerra silenciosa entre a rebelião e o império continua ganhando força. Ghorman se torna importante e Luthen teme pelo futuro

Giulia Cardoso (@agiuliacardoso)

Publicado em 30/04/2025, às 12h20
Andor: A rebelião ferve no segundo arco da nova temporada - Divulgação
Andor: A rebelião ferve no segundo arco da nova temporada - Divulgação

A essência de Andornão demorou a voltar. Nos três novos episódios, a série resgata aquela mistura deliciosa e tensa que só Star Wars sabe entregar: intrigas políticas, personagens em conflito e o peso de lutar por algo maior que eles.

A história se aprofunda em Ghorman, um planeta pacífico — com "vibes" europeias, algo entre a França e a Itália — cuja economia gira em torno de aranhas e que, agora, chama a atenção do Império. O motivo? Um minério raríssimo: o substrato profundo de calcita foliada. A gente ainda não entende exatamente o que ele faz, mas sabemos que o Império quer a qualquer custo. E quem aparece por trás dessa movimentação é Dedra Meero (Denise Gough, Robin Hood), mostrando que a opressão vem maquiada de estratégia.

Ghorman também carrega um peso histórico: foi palco do infame Massacre de Tarkin, onde 500 civis foram assassinados. E como se isso já não fosse desumano o suficiente, o Império decide construir uma instalação oficial que cobre o memorial feito para homenagear esses civis.

Enquanto isso, Cassian (Diego Luna,Rogue One: Uma História Star Wars), Bix (Adria Arjona,Morbius), Syril (Kyle Soller,Anna Karenina), e a senadora Mon Mothma (Genevieve O'Reilly, Rogue One: Uma História Star Wars) seguem enfrentando seus próprios dilemas. Mothma, por exemplo, tenta fazer a coisa certa dentro do sistema — mas é como nadar contra uma corrente gigante de burocracia, conservadorismo e traição. Mesmo assim, ela tenta manter o controle enquanto tudo à sua volta ameaça ruir.

Do outro lado, Kleya (Elizabeth Dulau,Wicked) e Luthen (Stellan Skarsgård, Duna: Parte 2) continuam operando nas sombras, mas as coisas saem dos trilhos quando uma escuta é comprometida. O resgate desse equipamento rende uma das sequência mais tensas da série até agora: mostra como qualquer deslize pode colocar toda a rebelião a perder. O próprio Luthen está claramente perdendo o controle — o careca tá surtando, cheio de medo, e a confiança dos aliados começa a escorrer pelo ralo.

Esse segundo arco também traz pequenas missões espalhadas, mostrando como a rebelião é feita no detalhe, no sigilo e no desespero. A gente vê que ninguém está 100% seguro — nem mesmo entre os próprios rebeldes. Tem quem duvide do Luthen, quem o siga sem questionar e acabe se queimando no processo.

No fim, tudo gira em torno de ordens — e do que acontece quando você as segue sem pensar. Basta olhar para o destino de personagens como Vel (Faye Marsay, Game of Thrones) e Cinta (Varada Sethu,Jurassic World: Domínio), que se jogam de corpo e alma na causa e pagam um preço alto. Ou para Bix e Andor, que carregam traumas e decisões difíceis nas costas. Quando seguir ordens significa se afastar de quem você ama ou matar alguém em nome de uma causa, o que sobra?

Esse arco de Andornão só mantém a qualidade da primeira temporada como a aprofunda. É o universo Star Wars sendo adulto, político e relevantes.

A panela está fervendo. E alguém, em breve, irá se queimar.

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