Mudhoney
Depois de cinco anos sem gravar nada, banda de Seattle retorna
Aqui tudo soa como o melhor que Mudhoney, liderado por Mark Arm, já produziu. O início, com “Slipping Away”, é marcado pelo peso da guitarra de Steve Turner e pela bateria hiperativa de Dan Peters, deixando claro o que podemos esperar para o restante do álbum. Já “Chardonnay” é um retorno a década de 80, além de um elogio a Iggy Pop e ao Dead Kennedys, enquanto “The Final Curse” discorre sobre misoginia e feminismo em meio a bons riffs. “Douchebags on Parade” encerra Vanishing Point com aquilo que o grupo fez melhor ao longo de seus 24 anos de carreira e mostra que todo adolescente merece a chance de crescer ouvindo algo sujo, irônico. Vanishing Point prova que o Mudhoney ainda é ótimo sendo Mudhoney - embora isso seja mais complexo do que pareça. Mark Arm enfrenta as efemeridades da cultura underground atual da mesma maneira que há duas décadas: munido de ironia e cinismo, tentando desconstruir os conceitos do rock.
Fonte: Sub Pop