INSPIRAÇÃO

A banda de rock alternativo mais influente da história, segundo Billy Corgan

Líder do Smashing Pumpkins disse que o grupo em questão só não supera os Beatles no que diz respeito a se impor como referência no estilo musical como um todo

Pedro Hollanda

Billy Corgan, líder do Smashing Pumpkins, em 2025 (Foto: Mireya Acierto / Getty Images)
Billy Corgan, líder do Smashing Pumpkins, em 2025 (Foto: Mireya Acierto / Getty Images)

Influência é algo interessante, porque os artistas mais responsáveis pelos avanços do rock muitas vezes não tiveram sucesso comercial. Na opinião de Billy Corgan, a banda mais importante depois dos Beatles foi uma que acabou antes de ter a oportunidade de estourar.

Em entrevista ao Track Star* (via Loudwire), o vocalista e guitarrista do Smashing Pumpkins rendeu elogios ao Joy Division. O apresentador do canal colocou a música “Disorder” para o artista adivinhar. O convidado, por sua vez, falou em favor do grupo inglês de pós-punk.

Ele disse:

“Eu argumento há uns 20 anos que, talvez além dos Beatles, Joy Division é a banda de rock mais influente do século 20. Meio que fala por si. Eles cristalizaram o pós-punk de um jeito que nenhuma outra banda conseguiu e se tornaram o modelo para tantos outros artistas vindos depois.”

Ian Curtis, vocalista e guitarrista do Joy Division (Foto: Rob Verhorst / Redferns via Getty Images)
Ian Curtis, vocalista e guitarrista do Joy Division (Foto: Rob Verhorst / Redferns via Getty Images)

O papo não parou por aí. Corgan ainda refletiu a respeito de como muita gente conhece a banda através do seu maior single, “Love Will Tear Us Apart”, o impacto deles é sentido na abordagem deles influenciando outros.

Ele explicou:

“É música pop não feita para um mercado pop e é por isso que pessoas ainda escutam.”

Sobre o Joy Division

Originalmente de Salford, parte da região metropolitana de Manchester, o Joy Division começou suas atividades em torno da cena punk local. Formado por Ian Curtis (vocais), Bernard Sumner (guitarra), Peter Hook (baixo) e Stephen Morris (bateria), o grupo se destacou entre outras bandas da cidade por sua sonoridade angular e esparsa.

Eles assinaram com a Factory Records e lançaram o álbum Unknown Pleasures (1979), hoje visto como um dos textos fundamentais do pós-punk graças à produção claustrofóbica de Martin Hannett e os vocais graves de Curtis. Ainda gravaram mais um disco, Closer (1980), mas tragédia caiu sobre o grupo antes de sair.

Ian Curtis havia sido diagnosticado com epilepsia no começo de 1979, e a rotina desgastante do grupo levou seu quadro a piorar, com convulsões frequentes. Seu casamento estava em risco e ele temia arruinar uma turnê do Joy Division pelos Estados Unidos que estava prestes a acontecer. Em meio a tudo isso, o vocalista cometeu suicídio no dia 18 de maio de 1980.

O single “Love Will Tear Us Apart”, gravado em março, saiu em junho e chegou à 13ª posição das paradas musicais inglesas. Closer foi lançado no mês seguinte e chegou ao 6º lugar das paradas de álbuns.

Os integrantes sobreviventes do grupo decidiram não continuar com o Joy Division após a morte de Curtis. Em vez disso, eles mudaram de nome para New Order e se tornaram pioneiros do dance rock.

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Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como IgorMiranda.com.br, Scream & Yell e Rock'n'Beats.
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