O astro do rock que deve influenciar Charli XCX em próximo disco

Charli XCX promoveu uma revolução em sua própria carreira musical há pouco tempo. Brat(2024), seu elogiado álbum mais recente, explora influências da cena inglesa da chamada “rave music”. Soa menos pop, mais agressivo e, por que não, ousado em comparação a trabalhos anteriores — o que lhe rendeu grande reconhecimento tanto da crítica quanto do público.

E uma nova mudança pode estar por vir. Ao menos foi o que indicou a própria cantora em publicação nas redes sociais (via Music Radar).

Ela, que venceu três prêmios Grammy no início do mês, refletiu sobre suas inspirações atuais na música e quis saber a opinião dos fãs. A recente colaboração com a artista indie Clairo — ocorrida durante show no festival australiano Laneway — foi abordada para indicar um possível caminho: um álbum com sonoridade rock.

Como referência, a inglesa citou ninguém menos que Lou Reed, saudoso ícone do rock alternativo que fez história tanto com o Velvet Underground quanto em carreira solo. Charli afirmou:

“Eu realmente me diverti fazendo isso [a colaboração recente com Clairo] e isso me fez pensar: e se fizéssemos um disco com guitarras? Ou com instrumentos de corda em geral? Ou ambos? Entrando em minha era Lou Reed, talvez? Não sei, só estou dizendo...”

Ainda no vídeo, a britânica exaltou a música “Sofia”, que cantou com Clairo durante o festival mencionado. A faixa lançada no álbum Immunity(2019) foi citada como uma das prediletas de Charli desde que a ouviu pela primeira vez.

A grande inspiração de Charli XCX no eletrônico

Enquanto não se direciona ao rock, Charli XCX segue com suas influências de música eletrônicas. A artista, inclusive, cita um nome do gênero que a emociona até hoje, especialmente por meio de um disco ao vivo.

O assunto foi abordado em meio a uma entrevista ao canal WSJ Style sobre a cena underground de Londres. Na ocasião, a inglesa explicou como o gênero a influenciou e destacou, ainda, uma série de TV como parte desse ecossistema em sua adolescência.

Ela disse:

“Fui tão inspirada pela vida noturna quando era mais jovem, porque era tão animador e refrescante. Onde eu e meus amigos crescemos, não estávamos realmente ‘dentro’ dessa cultura. Não estávamos experimentando a vida noturna em Londres. Estávamos só assistindo (à série) Skins. Então, ir a raves, festas e coisas assim realmente me influenciou.”

Como exemplo maior da sonoridade eletrônica, Charli apontou o Daft Punk. Ao citar seu trabalho favorito da dupla, A cantora se confundiu a respeito do local onde foi gravado — em Paris, e não no festival de Coachella —, mas trata-se de Alive 2007 (2007), segundo álbum ao vivo deles.

A artista afirmou:

“Eu estava tocando o álbum ao vivo do Daft Punk, o do Coachella, e aquele álbum me faz derramar lágrimas. Me deixa emotiva, porque eu penso: ‘uau, imagine estar lá naquela multidão, ouvindo uma das maiores bandas de todos os tempos, nessa experiência coletiva gigante’. É um tipo de lugar muito emotivo (para mim).”

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