O único cantor vaiado nas despedidas de Black Sabbath e Ozzy

O clima no Villa Park, estádio de futebol no distrito de Aston, na cidade inglesa de Birmingham, no último sábado, 5, era de festa e celebração com as despedidas da formação clássica do Black Sabbath e de Ozzy Osbourne dos palcos. O evento, chamado Back to the Beginning, foi um megafestival beneficente que contou com diversos outros ícones do rock mundial. No entanto, apesar deste contexto, teve um único artista vaiado pelo público presente.

Ao longo do dia, o evento, que destinou os lucros a três instituições de caridade (Cure Parkinson's, Birmingham Children's Hospital e Acorn Children's Hospice), contou com bandas como Alice in Chains, Gojira, Pantera, Tool, Guns N’ Roses e Metallica. Além disso, alguns supergrupos específicos foram montados. Um deles tinha David Draiman, do Disturbed e Device, nos vocais de covers de "Shot in the Dark" e "Sweet Leaf". Ao lado dele no palco estavam Scott Ian (Anthrax), Nuno Bettencourt (Extreme), David Ellefson (ex-Megadeth), Mike Bordin (Faith No More, ex-Ozzy Osbourne) e Adam Wakeman (músico de apoio de Ozzy Osbourne e Black Sabbath).

Mas, logo, o artista foi vaiado pela multidão que lotou o Villa Park, casa do time de futebol inglês Aston Villa. "Vamos começar isso!?", questionou Draiman. Não foi revelado, porém, o motivo para as vaias, mas o artista protagonizou algumas polêmicas recentemente.

Here’s a clip of David Draiman getting booed. The serotonin it gives me is indescribable. pic.twitter.com/T7YEkNNs2z

— Alia (@TheAliaLink) July 5, 2025

David Draiman just got booed…😳😳 He repsonded: ‘We gonna start this!?’ pic.twitter.com/FJDZgNYp2H

— Punt Road (@punt_rd) July 5, 2025

Autógrafo de mísseis

David Draiman é conhecido por defender o estado de Israel no conflito contra Palestina e, mais recentemente, Irã. Em 2024, ele foi bastante criticado por autografar mísseis do exército israelense usados em ataques na Faixa de Gaza. O vocalista do Disturbed ainda disse que agrediria apoiadores da Palestina como Roger Waters e os outros integrantes do Pink Floyd.

Inclusive, em publicação feita nas redes sociais (via The Nu Metal Agenda), ele se pronunciou após causar um alvoroço com a assinatura dos mísseis: “Você acha que alguns guerreiros do teclado, ignorantes e sem noção, vão mudar [minha postura]?”

Pronunciou-se contra Kneecap

Nos últimos meses, Kneecap se tornou uma dos principais grupos apoiadores de Palestina — e sofreu inúmeras represálias por conta disso. Em abril de 2025 (via Consequence), Draiman agradeceu Sharon Osbourne por pedir a revogação dos vistos dos integrantes do trio de hip hop irlandês, que projetaram as frases "f*da-se Israel, libertem a Palestina" em telão de show no Coachella.

Sobrou até para Green Day

No Coachella 2025, Green Day realizou críticas ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante performance do hit “American Idiot”. Além disso, enquanto a banda tocava “Jesus of Suburbia” o vocalista Billie Joe Armstrong substituiu um trecho da letra para criticar atitudes de Israel e chamar atenção para o sofrimento das crianças palestinas.

Em resposta, David Draiman sugeriu entrar em uma espécie de conversa com Armstrong. "Oferta aberta para #BillyJoeArmstrong do @GreenDay", escreveu (via TMDQA). "Você sabe que eu te respeito, irmão. Eu adoraria ter a oportunidade de você ouvir o lado israelense/judaico desta guerra horrível. Estou disponível para conversar quando você quiser. Sem julgamentos, sem preconceitos. Me avise".

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