É ASSIM QUE ACABA

Juiz recusa restrições a advogado de Justin Baldoni e ameaça antecipar julgamento contra Blake Lively

Audiência abordou disputa judicial entre os atores e pedidos para limitar declarações públicas sobre o caso

Aline Carlin Cordaro (@linecarlin)

Publicado em 03/02/2025, às 19h00
GettyImages
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Nesta segunda-feira (3), o juiz Lewis J. Liman presidiu a primeira audiência do processo judicial entre Blake Lively e Justin Baldoni no tribunal federal de Nova York. Lively acusa Baldoni de difamá-la após denúncias de assédio sexual no set de gravação do filme É Assim Que Acaba (It Ends With Us). Baldoni entrou com processos de difamação contra Lively, seu marido Ryan Reynolds e o New York Times. Durante a audiência, o juiz negou o pedido da defesa de Lively para limitar declarações do advogado de Baldoni, Bryan Freedman, à imprensa, mas alertou que pode adiantar o julgamento, originalmente marcado para março de 2026, caso a disputa pública persista.

A defesa de Lively alegou que Freedman está conduzindo uma campanha de relações públicas para influenciar a percepção do caso, citando a criação do site thelawsuitinfo.com, que reúne documentos do processo. Os advogados pediram restrições às declarações públicas de Freedman, argumentando que elas poderiam influenciar um possível júri.

O juiz determinou que ambas as partes devem seguir as Regras de Conduta Profissional de Nova York, que proíbem advogados de fazer declarações que possam prejudicar um júri, mas permitem falas públicas para proteger os clientes de publicidade negativa. Freedman declarou que não tem objeções a essas regras.

Após a audiência, Freedman disse a jornalistas:

Nossos clientes estão devastados e querem mover o caso o mais rápido possível. Nós simplesmente não poderíamos estar mais satisfeitos com a forma como o caso foi tratado hoje. Vamos agir rapidamente e provar nossa inocência, em um mundo onde às vezes as pessoas julgam antes de dar uma chance. E nós vamos mudar isso.

Na sexta-feira (31), a equipe de Baldoni adicionou ao processo acusações de difamação contra o New York Times. Segundo os advogados, o jornal teria trabalhado com a equipe de Lively para distorcer mensagens de texto da equipe de relações públicas de Baldoni. Eles alegam que os metadados do site do Times indicam que a publicação teve acesso à denúncia de Lively antes da divulgação da reportagem, em 21 de dezembro.

O juiz Liman reiterou que a disputa pública pode afetar o andamento do caso e destacou que, se o uso da imprensa continuar, poderá antecipar a data do julgamento. Ainda não há uma nova data definida.