Escritor Todd Christopher Guzze alega que publicou obra a partir de memórias de Porter obtidas por meio de um pen-drive, mas não garante informações
A plataforma Amazon removeu do catálogo um livro de memórias que supostamente detalhava um relacionamento abusivo entre a modelo Kim Porter e o rapper Sean “Diddy” Combs.
Kim’s Lost Words: A Journey For Justice, From the Other Side era atribuído a Kim, morta em 2018 vítima de uma pneumonia lobar. As páginas relatavam supostos encontros sexuais perturbadores e gráficos com Combs e outras celebridades conhecidas, assim como suposto abuso físico do magnata da música contra Porter.
No entanto, a autoria e veracidade da obra foi questionada pelos filhos da modelo, que se pronunciaram conjuntamente no Instagram sobre os "muitos rumores falsos e ofensivos que circulam sobre o relacionamento de nossos pais, Kim Porter e Sean Combs."
As alegações de que nossa mãe escreveu um livro são simplesmente falsas. Ela não fez isso. E qualquer um que diga ter um manuscrito está se deturpando."
Ver essa foto no Instagram
O livro foi publicado na Amazon no início de setembro e não fez sucesso no lançamento, mas as vendas dispararam após a prisão de Combs, acusado de de tráfico sexual, sequestro e associação criminosa. A obra chegou a ocupar o primeiro lugar de best-sellers da plataforma.
+++LEIA MAIS: Sean 'Diddy' Combs está "ansioso" para se defender no tribunal, diz advogado
Quem publicou o livro foi o autodenominado produtor investigativo, autor e jornalista Todd Christopher Guzze. À Rolling Stone, ele disse que recebeu o material de duas fontes da “indústria musical” em um pen-drive que seria de Porter. Guzze ainda afirmou que não pode garantir a autenticidade do livro, mas que “acredita que o conteúdo seja verdade”.
Outros familiares e amigos próximos de Porter também questionaram a obra e chegaram a enviar, para a Amazon e para Todd Guzze, um pedido de interrupção das vendas e retratação.
Na última terça, 24, segundo informações da People, o advogado de Diddy também negou a veracidade do livro, descrito como "falso," "ofensivo" e "uma tentativa descarada de lucrar com a tragédia."
Quando questionado se ele contatou representantes das celebridades nomeadas, Todd diz que suas equipes o "ignoraram" e disseram para ele "chutar pedras".
Se alguém colocasse meus pés no fogo e dissesse: 'Vida ou morte, esse livro é real?' Eu tenho que dizer que não sei. Mas é real o suficiente para mim. Às vezes você tem que simplesmente colocar para fora. Talvez não 100% do livro seja verdade, mas talvez 80% seja. Isso é para fazer essas pessoas se apresentarem e corroborarem ou negarem [as alegações], e isso me ajuda como investigador a saber a verdade”, afirmou.
Sobre a remoção do catálogo, um porta-voz da Amazon afirmou que a plataforma foi informada “sobre uma disputa em relação ao título e notificou a editora”.