Britânico fez, involuntariamente, um show mais físico no festival
James Blake parecia não ter tempo a perder. Quando o DJ Bruno Belluomini saiu do palco SonarHall às 00h30, lá estava o britânico, sentado atrás de seus sintetizadores e sequenciadores, acompanhado de um guitarrista e um baterista. Sem muita cerimônia, o trio começou a noite com “Unluck” – e nos primeiros minutos já foi possível notar que seria um show não só de som e imagem, mas também tátil, com o grave do som fazendo o auditório (e tudo o que estava dentro dele) vibrar.
Na continuação, com “To Care (Like You)”, parte do público ainda tentava competir com a música, e o volume da conversa – assim como os pedidos de silêncio - era alto demais para um show tão intimista.
Mas “I Never Learnt to Share” resolveu o problema: foi a primeira recebida com empolgação acima da média, prendendo a atenção da plateia. Ao vivo, a primeira parte da música é construída de forma impressionante, com os vocais de Blake sendo sampleados na hora e sobrepostos até formarem um coral não linear.
“Obrigado pelo apoio, Brasil”, disse o músico, em um dos poucos momentos em que se comunicou com os fãs. “Significa muito para nós. Os últimos dias foram muito divertidos, encontramos muitos amigos.”
O auge da apresentação com uma versão longa para a cover “Limit to Your Love” (Feist), que ganhou uma segunda parte com andamento completamente alterado, soando como um auto-remix. A noite foi encerrada com outro single, “The Wilhelm Scream”.